Minas Gerais
Produtores de Angola visitam o SENAR MINAS para buscar expertise em ensino rural
Por: SENAR MINAS
A expertise do Senar Minas para ensinar o produtor rural e sua família a “aprender a fazer, fazendo” ultrapassou fronteiras e trouxe à sede do Sistema Faemg, em Belo Horizonte, um grupo de produtores angolanos que deseja levar ao seu país capacitação para produtores e trabalhadores rurais na área da pecuária.
O pecuarista e presidente da cooperativa de criadores de gado Nelson Rocha Rodrigues e os empresários Erasmo Ambrosio e Inocêncio Miguel são da cidade de Porto Amboim, e souberam do trabalho desenvolvido pelo Senar Minas por meio de um veterinário brasileiro que já trabalhou em Angola. Na sede, os angolanos foram recebidos pelo coordenador de Formação Profissional Rural Luiz Ronilson Paiva e os analistas técnicos Marília Saraiva e Rafael Rocha. O superintendente Christiano Nascif esteve presente na abertura da reunião.
Os visitantes foram apresentados aos programas especiais do Senar e aos principais cursos na área de pecuária, desde como são elaborados até quando são colocados na prática no evento piloto e sua consolidação no catálogo. Erasmo conta que o objetivo de buscar essa troca de ideias é melhorar as práticas para obter resultados que permitam que a atividade se sustente. “Sendo Minas um estado experiente nessa área, visitamos algumas fazendas para ver como é o trabalho no dia a dia e estamos aqui para ver como é o lado da capacitação”, disse.
A partir da esquerda: o superintendente Christiano Nascif, Rafael Rocha, Luiz Ronilson Paiva e Marília Saraiva; Nelson Rodrigues, Erasmo Ambrosio e Inocêncio Miguel
Ensino acessível
Um aspecto que chamou a atenção dos visitantes foi o treinamento que os instrutores credenciados ao Senar recebem para lidar com participantes analfabetos – de acordo com Nelson Rodrigues, o perfil do trabalhador rural em Angola é de muito baixa escolaridade, então torna-se fundamental que as aulas sejam acessíveis para eles. Para lidar com essa questão, as cartilhas e aulas do Senar são feitas com muitas imagens e o instrutor está o tempo todo acompanhando cada aluno na execução das tarefas, conforme explicou Luiz Ronilson.
A capacitação de instrutores e mobilizadores, assim como os cursos e programas voltados para o associativismo, também interessaram bastante aos produtores angolanos, que pensam em formar multiplicadores do conhecimento em seu país e em elaborar cursos customizados para a realidade deles, fazendo um intercâmbio de profissionais para isso.
O grupo acredita que a capacitação dos produtores é peça fundamental para desenvolver a produção na região: “Queremos modernizar os métodos de produção. Sair do tradicional, mas com sustentabilidade, e dar dignidade para a produção de carne e leite, e quem sabe de queijo também”, afirma Nelson.
