Produtores de café e tilápia participam de levantamento de custos da CNA
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Técnicos do Projeto Campo Futuro visitaram os municípios de Manhumirim (MG) e Massaranduba (SC)
Brasília (11/07/2019) – O Projeto Campo Futuro, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), realizou na quinta (11) painéis de levantamento dos custos de produção da tilápia e do café arábica produzidos nos municípios de Massaranduba (SC) e Manhumirim (MG), respectivamente.
A coleta de dados contou com a participação de produtores rurais, técnicos do Centro de Inteligência de Mercados da Universidade Federal de Lavras (CIM/UFLA) e representantes das Federações de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg) e de Santa Catarina (Faesc).
O objetivo dos painéis foi reunir informações estratégicas, junto aos produtores rurais, para ajudá-los na tomada de decisões no dia a dia na atividade.
De acordo com a assessora técnica da CNA Lorena Pedrosa, o cultivo de tilápia em Massaranduba é realizado por produtores familiares. “A comercialização é feita para atravessadores e pesques pagues com preço médio de R$ 4,32 o quilo”.
Segundo Lorena, a margem bruta da região está negativa em R$ 0,03/kg e existe alta taxa de mortalidade de 20%, que onera os custos de produção.
Para a produtora Ivanir Will, o encontro foi importante para os piscicultores identificarem os custos da atividade. “Esse levantamento nos mostra novos caminhos para trabalhar com margem positiva”.
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Painel de tilápia em Massaranduba (SC)
Já em Manhumirim, o painel de café apontou um Custo Operacional Efetivo (COE) de R$ 399,82 por saca, aumento de 22% em relação ao levantamento realizado em 2018.
“Na região onde prevalecem pequenas propriedades, a cafeicultura é de montanha e o tipo de produção é manual. A mão de obra representa 45% desse custo”, disse o técnico do CIM/UFLA, Matheus Mangia.
O produtor de café Elmiro de Oliveira disse que o Projeto Campo Futuro é educativo e auxilia o produtor a melhorar o desempenho na atividade. “A planilha apresentada vai nos ajudar a repensar os gastos e as despesas da cafeicultura mineira”.
Para o cafeicultor Ari de oliveira, o levantamento foi importante para mostrar a realidade da produção do café arábica, que é fundamental para região, pois gera emprego e renda.
O Campo Futuro é realizado pela CNA e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), em parceria com universidades e centros de pesquisa, além das federações de agricultura e pecuária e sindicatos rurais.
A iniciativa alia a capacitação do produtor rural à geração de informação para a administração de custos, de riscos de preços e gerenciamento da produção.
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Painel de café em Manhumirim (MG)
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