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Custo alto e incertezas afastam produtor, e compra de insumos para a safra 23/24 está mais cadenciada
A produção agrícola do Brasil ainda vem sendo influenciada pelas altas das cotações dos fertilizantes, que, por sua vez, subiram em decorrência da valorização internacional da matéria-prima e da intensificação desse movimento por conta da guerra no Leste Europeu. Assim, por praticamente 18 meses (entre janeiro/21 e julho/22), os preços dos adubos subiram de forma consecutiva, passando a se enfraquecer apenas em agosto de 2022. Apesar disso, os patamares atuais ainda são significativamente mais elevados que os vistos até 2020.
Neste contexto, o ritmo de comercialização de insumos para a temporada 2023/24, em especial de nutrição das plantas, está distinto dentre as regiões acompanhadas pelo Projeto Campo Futuro (CNA/Senar) em parceria com o Cepea, e também com padrão diferente do registrado em safras anteriores. Até a temporada atual (2022/23), o movimento de antecipação se mostrava mais intenso, com uma grande parcela dos produtores adquirindo os adubos já no fim de 2021 para serem usados apenas a partir de setembro de 2022. Contudo, em 2022, as aquisições estão lentas, seja pelos preços ainda alto dos adubos, seja pela incerteza sobre os valores de negociação da soja.