Publicações
Mercado do boi gordo firme na semana, mas pressão de baixa poderá ganhar força em curto e médio prazos.
ESTRATÉGIAS PARA O BOI GORDO NO MERCADO FUTURO
Uma parceria da CNA com a Stone X para o produtor rural
10 de maio de 2024
Mercado do boi gordo firme na semana, mas pressão de baixa poderá ganhar força em curto e médio prazos.
O mercado do boi gordo se mostrou firme na segunda semana de maio, frente a uma boa movimentação na ponta final da cadeia, com a virada de mês e proximidade com o Dia das Mães.
A boa demanda para exportação também tem colaborado com este cenário. O Brasil exportou 208,05 mil toneladas de carne bovina em abril/24, com média diária de 9,46 mil toneladas. Este foi o segundo maior volume mensal embarcado, atrás somente de dezembro de 2023, quando o país exportou 208,44 mil toneladas (Comex).
De volta ao mercado do boi, de acordo com dados do Cepea, o Indicador do boi gordo fechou em R$231,80/@ em São Paulo no dia 9/5, uma ligeira alta (0,3%) na comparação semanal.
No mercado atacadista, o preço da carne bovina acumula alta de 0,5% em maio, até o dia 10, com a carcaça casada (boi) cotada em R$16,58/kg na praça paulista.
Em curto e médio prazos, a expectativa é de queda no ritmo de vendas de carne bovina no mercado doméstico, além do aumento gradativo da oferta de bovinos para abate, em função das pastagens perdendo vigor nas principais praças pecuárias. Com isso, não está descartada uma pressão de baixa sobre os preços no mercado do boi.
Mesmo com o mercado físico firme, é interessante se proteger contra uma eventual queda?
A resposta é sim. Isso porque ao mitigar riscos, a rentabilidade da atividade não fica exposta a possíveis fatores negativos, o que diminui as chances de prejuízos.
Reforçamos que o momento de preços mais firmes é um dos melhores para a ação de proteção contra quedas, pois permitem proteções com preços mínimos mais altos.
No mais, como citado na análise do mercado físico, apesar da firmeza nas últimas semanas, a tendência é de aumento na oferta de animais para abate com a entrada do período seco do ano e maior pressão de venda por parte do produtor na segunda quinzena de maio e começo de junho.
Hoje, quando é escrito este informativo, o contrato futuro do boi gordo para junho/24 está R$226,15/@ (B3 – São Paulo). O seguro está em R$4,50/@, conforme a tabela abaixo:
Como ficaria a arroba caso o mercado caia ou continue subindo?
Considerando o exemplo do valor protegido a R$225,00/@, descontando os R$4,50/@ (valor do seguro), temos R$220,50/@ líquido.
Se na data de abate, em junho, o mercado recuar para R$215,00/@, com base São Paulo, o recebimento da arroba no mercado físico será de R$215,00/@.
Porém, como o seguro contratado foi de R$225,00/@, a bolsa devolverá a diferença de mercado, isso significa R$10,00/@. Com isso, somando os R$215,00/@ recebidos no mercado físico mais os R$ 10,00/@ recebidos pelo seguro, o preço final (bruto) será de R$225,00/@.
Descontando o valor do seguro: R$225,00 - R$4,50/@ (prêmio seguro), temos R$220,50/@ (líquido), ou seja, exatamente o valor protegido inicialmente.
E se o mercado continuar subindo, para R$245,00/@, por exemplo? O valor recebido pelo mercado físico será de R$245,00/@ e o pecuarista não precisará utilizar o seguro contratado. Considerando o valor investido no seguro temos: R$245,00/@ (mercado físico) menos os R$4,50/@ (prêmio), ou seja, o resultado será de R$240,50/@, líquido.
É válido lembrar que os valores são para fins de exemplo e sofrem alterações, conforme a variação de mercado.
Se você se interessou e quer saber mais detalhes, a CNA possui uma parceria com a StoneX que sempre estará disponível para te auxiliar e explicar melhor sobre as ferramentas de gestão de risco.
Confira as estratégias para o mercado futuro do boi gordo aqui.
Se você se interessou e quer saber mais detalhes, a CNA possui uma parceria com a StoneX que sempre estará disponível para te auxiliar e explicar melhor sobre as ferramentas de gestão de risco
Contato:
Marianne Tufani
Consultora em gerenciamento de riscos
(19) 9 9994-0917