CNA debate relação bilateral Brasil-China em evento em São Paulo
Diretora de Relações Internacionais participou da Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil China, na quarta (9)
Brasília (09/11/2022) – A diretora de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Sueme Mori, disse que o Brasil deve ampliar a relação com a China e observar os movimentos do país asiático na produção de alimentos.
O assunto foi abordado durante o painel “Novas avenidas para negócios bilaterais”, na Conferência Anual do Conselho Empresarial Brasil China (CEBC) 2022, que debateu o tema Brasil e China: construindo pontes em uma nova ordem internacional, na quarta (9), em São Paulo.
Sueme destacou a importância da segurança alimentar e disse que não é uma questão exclusiva da China e sim uma tendência mundial.
“Para garantir a segurança alimentar, os países têm estabelecido metas de produção interna. A China ampliou em 97% a importação de alimentos em 10 anos e tem falado em aumentar a produção doméstica. Precisamos ficar atentos a isso”, afirmou.
Fotos: Ascom/CEBC
Sueme apresentou dados de relatórios chineses sobre a projeção do país para os próximos 10 anos e reforçou que o Brasil precisa expandir seu relacionamento com a China não só em termos comerciais, mas também em investimentos e cooperação técnica.
“Em 2021, a China produziu 16 milhões de toneladas de soja e deve passar para 35 milhões em 10 anos. Já a importação, que totalizou 97 milhões de toneladas, deve cair para 86 milhões. Em relação à carne bovina, a produção chinesa foi de 7 milhões de toneladas e passará para 7,8 milhões e a importação deverá aumentar 2% ao ano. Percebemos que a dependência externa deve continuar, mas tende a diminuir.”
A diretora reforçou que hoje o Brasil depende das exportações para o mercado chinês, principalmente em relação à soja, e, por isso, deve ampliar a pauta de exportação.
Ela citou o projeto Agro.Br , da CNA em parceria com a Apex-Brasil, que visa abrir mercado no exterior para produtos do agro, como frutas, mel, pescados, que não estão, atualmente, na pauta exportadora.
Sueme disse ainda que hoje o Brasil tem pouco mais de 30 mil empresas exportando e apenas sete mil são do agro.
“Isso é muito pouco. Para aumentar a relação comercial, seja com a China ou com outro país, temos todo um trabalho de abertura, de canais, infraestrutura, mas precisamos aumentar a base de empresas exportadoras.”
O evento também discutiu os avanços nos últimos quatro anos, perspectivas futuras, os desafios da transição da economia chinesa e o que esperar da relação bilateral nos próximos quatro anos.
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